Ás 22h horas dessa última terça-feira, os sindicatos representantes dos funcionários dos Correios decidiram realizar greves pelo país por tempo indeterminado. Todos os serviços dos Correios serão afetados. Em São Paulo, em reunião no clube da CMTC (Companhia Municipal de Transportes Coletivos), cerca de 5 mil trabalhadores aprovaram a paralisação. No discurso, o principal objetivo é o de defender os direitos conquistados, tal qual salários, empregos, a estatal pública e o sustento da família. A privatização da companhia também estaria entre as motivações da paralisação.

De acordo com Douglas Cristóvão de Melo, diretor de comunicação do Sintect (Trabalhadores da Empresa Brasileira de Correios Telégrafos e Similares de São Paulo, Grande São Paulo e zona postal de Sorocaba) e da Findect (Federação Interestadual dos Sindicatos dos Trabalhadores dos Correios), cerca de 80% das agências irão aderir à greve. No total, 36 sindicatos decidiram de forma unânime pela paralisação.

Desde julho havia uma negociação para um novo acordo coletivo entre os trabalhadores e a estatal, que era mediado pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST). Porém, não houve aceitação por parte da empresa e do governo, que pretendem reduzir salários e benefícios — em função de corte de custos. Os trabalhadores protestam contra a proposta de reajuste salarial de 0,08%, redução do adicional de férias de 70% para 33%, aumento da cobrança de convênio médico, entre outros. Na semana passada, uma assembleia realizada pela FENTECT (Federação Nacional dos Trabalhadores em Empresas dos Correios e Similares) já despertava indícios do início da greve.

Correios afirmam que paralisação não afetará clientes
Apesar da decisão de greve geral — que provavelmente afetará os serviços de entregas —, a companhia afirmou em sua rede social oficial que a população não será afetada.


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